Macapá, 12 de dezembro de 2013.


... Como disse, Stéphane Hessel (1917-2013), esquerdista europeu, em seu livro. Isto porque é incocebível que os amapaenses festejem as festas de fim de ano com o puro sentimento de que o estado está bem, quando não está. 



Todos os dias podemos ouvir gritos de socorro da população. 

Nos corredores dos hospitais lotados, sem assistência, sem atendimento, sem médicos. 

Nas ruas sem asfaltos, cheias de buracos, sem ciclovias, com faixas de pedestres apagadas, cobertas de poeira, abarrotadas de lixo, sem paradas de ônibus.

Nas escolas sem merenda, com salas lotadas, sem central de ar, com professores que recebem mal e alunos que não aprendem tão bem. 

Nas praças sem iluminação, sem parques, sem cuidados, sem plantas, sem árvores, cercadas por assaltantes, sem policiamento.

Nas delegacias sem viaturas, sem combustível, sem policiais suficientes.

Nos projetos culturais e esportivos, sem investimentos, sem incentivos, com artistas e esportistas que não recebe, o que lhes devem. 

No estado, onde políticos corruptos ainda se elegem e reassumem o poder, mesmo após várias armações arbitrárias.

Indignai-vos e que o sentimento de indignação diante de uma situação tão atroz e vergonhosa na qual se encontra nosso estado, nos mobilize novamente a ir às ruas protestar e exigir o que nos é de direito e não, clamar, como muitos de nós temos que fazer a cada dia.



*Fotos tiradas dos sites G1, A Gazeta e Amapá Digital e da Ascom do SETAP.


Lívia Almeida